quinta-feira, 25 de agosto de 2011

PR-092 TOTAL - VITAL PARA O NORTE PIONEIRO

Sabemos através da história que a povoação do Norte Pioneiro teve início na segunda metade do Século XIX, coincidindo com a Emancipação Política do nosso Estado.
Há inclusive uma citação, sem confirmação de fonte segura, que o povoado de S.A.Platina teria tido início em 1866 como afirma o texto abaixo, extraído da pagina: http://www.faccrei.edu.br/institucional/a_regiao.asp
"Contudo, nas três últimas décadas do século XIX, o movimento ocupacional do Norte paranaense tomou alento. Em 1865, a cafeicultura paulista já estava próxima dos limites do Estado. Exatamente por essa época, Thomas Pereira da Silva, mineiro, atraído pela fama da exuberância das terras vizinhas ao rio Itararé, vem para a região e adquire, em território paranaense, à margem esquerda do (rio) Itararé vasta áreas de terras, às quais faz convergir grande número de conterrâneos seus, dando origem, em 1862, a um núcleo urbano, inicialmente chamado de Colônia Mineira (no atual município de Siqueira Campos).
A região escolhida, margeada pelos rios Paranapanema, Tibagi, Cinzas, Laranjinha e das Antas, detentora de solos de excepcional qualidade, será um centro de convergência de mineiros e paulistas. Assim é que, rapidamente, os núcleos urbanos se multiplicaram, surgindo, ainda no século XIX, Tomasina (1865), Santo Antonio da Platina (1866), Wenceslau Brás e São José da Boa Vista (1867) e Jacarezinho (1900). No século XX, esse processo, que se tornou contínuo, determinou o aparecimento de outros importantes núcleos, ou seja, Cambará (1904), Bandeirantes (1921), Cornélio Procópio (1924) e Andirá (1926). Tão rápido e desordenado era então o movimento ocupacional do norte do Estado, que o presidente provincial, já em 1892, se preocupava em estabelecer algumas normas reguladoras dessa ocupação"
No entanto, a região do Norte Pioneiro permaneceu, por mais de cem anos, isolada do centro de decisão do Estado, a Capital Curitiba. Somente na década de 70, do século XX, ocorreu o asfaltamento da PR-092, no trecho entre Jaguariaíva a S. A. da Platina. Mesmo assim, os deslocamentos entre a Capital do Estado e a Região continua a depender da utilização de outras rodovias como a BR 277 (Curitiba-Sprea), BR 376 (Sprea-Ponta Grossa) e PR-151 (Ponta Grossa-Jaguariaíva), imputando um acréscimo desnecessário de aproximadamente cem quilômetros.
O trajeto original da PR-092 inicia-se em Curitiba, passa por Almirante Tamandaré, Rio Branco do Sul, Cerro Azul e Dr. Ulisses na Região Metropolitana de Curitiba, antes de atingir a cidade de Jaguariaíva, porta de entrada ao sul do Norte Pioneiro. (veja mapa no link abaixo)
É certo que o trecho atravessa uma região de relevo bastante acidentado o que tem inibido a sua conclusão. Hoje, por asfalto, chega-se até Cerro Azul, faltando, ainda, dois trechos, Cerro Azul-Dr. Ulisses e Dr. Ulisses-Jaguariaíva. 
De qualquer forma, para viabilizar a sua conclusão, o traçado original deverá sofrer retificações significativas, que por ser muito sinuoso aumenta em muito a distância entre os diversos pontos da estrada.
Assim, acreditamos que uma nova estrada deverá ser construída em linha reta, evitando cruzar os perímetros urbanos em seu percurso, permitindo que as futuras viagens se façam no menor tempo possível. Para isso as cidades ao longo da rodovia devem ser ligadas por avenidas que no futuro se integrem as suas malhas urbanas e em torno das quais poderão direcionar o seu crescimento.
Faz-se necessário, também, estender um ramal (PR-340) na altura da cidade de Cerro Azul, passando por Tunas do Paraná em direção ao Litoral, para escoamento da produção regional via Portos de Paranaguá e Antonina, desafogando o tráfego na BR-277.
A conclusão da PR-092 deve ser a bandeira de todo Nortepioneirense, pois pode representar a redenção de nossa Região sendo o marco da nossa Integração ao Centro do Poder.

Jailson de Monte Real
Jailson Everaldo Carneiro
Mestre em Finanças e Gerência de Cidades

sábado, 20 de agosto de 2011

97 ANOS - O QUE COMEMORAR?

Neste 20 de agosto nosso amado município está a completar 97 anos de emancipação. Estamos a 3 anos do centenário e temos muito pouco a comemorar.
Ao longo da história vimos outras comunidades surgindo e progredindo enquanto nós ficamos parados no tempo. É certo que conseguimos um certo destaque na Região, mas isso é muito pouco se compararmos com outros municípios como Londrina, Maringá, Cascavel, Foz do Iguaçu, até mesmo Ourinhos e Marília, no Estado de São Paulo.
Somos hoje a trigésima nona força populacional no Estado, 42.000 habitantes , e sexagésima segunda no quesito Produto Interno Bruto-PIB, com R$ 351.560 mil (IBGE-2008) e uma renda per capita de apenas R$ 8.400,00, classificada no humilhante 302º lugar, entre os 399 municípios paranaenses.
Esse resultado vexatório em nossos índices vem demonstrar o quão longe do ideal nos encontramos. Será necessária uma força tarefa muito grande para alavancar um crescimento econômico-social a fim de atingirmos uma posição mais condizente com a tradição progressista de nosso povo.
Santo Antonio da Platina, contra tudo e contra todos, apresenta uma força vital extraordinária e uma vocação natural para o progresso. Infelizmente, nos últimos cinqüenta anos, enfrentou uma descontinuidade político-administrativa abominável, que não lhe permitiu trilhar os caminhos que o progresso lhe havia reservado.
Faltou sensibilidade política e visão de futuro em diversas oportunidades.
Vamos relembrar algumas: Década de 20 do século passo. A ferrovia era o único meio de transporte e chegou ao nosso município sete anos antes de chegar a Jacarezinho. Tivemos a felicidade de ter nossa Estação Ferroviária a uma distância estratégica do Centro da Cidade. Por falta de visão politica-administrativa as autoridades da época deixaram de construir um acesso decente àquela Estação da Platina o que certamente teria orientado o crescimento da cidade naquela direção, e todo esse território estaria hoje devidamente urbanizado.
Década de 50 - Auge da produção cafeeira. O município poderia ter se firmado como o maior centro estadual na produção, industrialização e comercialização do café, posto que foi imediatamente assumido por Londrina, cidade, até então, com menos de 20 anos de fundação.
Segunda metade do século: A ditadura militar mudava totalmente o cenário politico e sócio-econômico do país. A enfase na pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias, abriria as portas para as profissões fundamentas em cursos superiores; Mais uma vez S.A.Platina deixa de entrar no bonde da história e somente 50 anos depois inaugura sua primeira e única faculdade.
Hoje, 20 de agosto de 2011, noventa e sete anos depois de sua emancipação política, reafirmo que nada temos a comemorar. O único presente que poderíamos dar à nossa cidade seria um grande abraço, darmos as mãos e juntos buscarmos as soluções para que se cumpra a sua sina de ser o melhor lugar do mundo para se viver e criar os nossos filhos e netos.
Santo Antonio da Platina, 2012 vem aí renovando as esperanças de escolhermos pessoas que realmente pensem a cidade com grandeza de espírito e de realizações.
Para o dia de hoje, que tal brindarmos esse aniversário com "Um Choque de Modernidade"?


Postado por: Jailson de Monte Real

Jailson Everaldo Carneiro
Mestre em Administração Financeira e Gerência de Cidades