sábado, 26 de fevereiro de 2011

TEMPORAL EM SANTO ANTONIO DA PLATINA

Ontem, sexta-feira, dia 25/02/2011ao final da tarde uma terrível tempestade se abateu sobre nossa cidade. Nesses casos a população sofre e não há como buscar culpados. A chuva é um fenômeno da natureza e atinge indiscriminadamente ricos ou pobres.
Mas, quando vemos as reportagens, é curioso observar que são as camadas mais pobres da população as que mais sofrem com esses eventos climáticos.
Cidades como S.A.Platina não foram planejadas, pensadas e idealizadas para enfrentar precipitações como as de ontem. O volume de chuva excedeu em muito as expectativas para um único dia. Mas o problema poderia ter sido amenizado se, nossas ruas possuíssem um perfeito conjunto de galerias para águas pluviais, se fossem evitada a acupação da áreas próximas aos cursos d'água, como o ribeirão Boi Pintado e o da Aldeia, que transbordaram, que não se permitissem construções em áreas de fundo de vale ou encostas de morros. Enfim, as boas práticas da sustentabilidade ensinam que com a Natureza não se pode negligenciar.
Essas práticas de sustentabilidade valem para todas as cidades. Há a necessidade de se declarar, ao abrigo da Lei 10.257/2001 (Estatuto da Cidades), a indisponibilidade dos imóveis em áreas de riscos. Esses bens, desde que adquiridos de forma legal, deverão, na medida do possível, serem indenizados pelas prefeituras e transformados em área de preservação permanente. Novos loteamentos serão objeto de análises mais criteriosas, evitando-se aprovar investimentos em áreas não apropriadas para urbanização.
Assim, nossas cidades poderão enfrentar com mais segurança eventuais intempéries sem que as mesmas se transformem em catástrofes.

Jailson de Monte Real Carneiro
Mestrado em Finanças
Pós-Gradução em Gerência de Cidades