sábado, 1 de junho de 2013

Universidades Federais em expansão


Universidades Federais em expansão - Sempre entendemos que o acesso ao ensino superior de qualidade é fundamental para o desenvolvimento das cidades e, por consequência, das regiões. Por isso, desde a criação deste Blog, estamos em CAMPANHA permanente pela criação de um Pólo Universitário no Norte Pioneiro, mais precisamente em Santo Antonio da Platina.

Transformar o perfil desta cidade de simples fachada de Centro Comercial (que não mais se configura como tal, até porque um centro comercial com horários limitados de atendimento não se sustenta), para um perfil de Centro Universitário de Excelência, seguramente vai mudar toda a história futura dos platinenses e de toda a população do Norte Pioneiro.

Para tal se faz necessária a criação/instalação de campi da Universidade Federal do Paraná - UFPR, da Universidade Tecnológica Federal do Paraná - UTFPR (antigo CEFET), Universidade Rural Federal do Paraná - URFPR (com sede do município), Universidade Estadual do Norte do Paraná - UENP. Estímulos para a instalaçao da campi de universidades privadas de alto nível como a Pontifícia Universidade Católica do Paraná - PUC-PR, Universidade Positivo, e ampliação da Fanorpi com elevação à categoria de Universidade, entre outras.

A oferta de algo em torno de cinco mil vagas/ano em cursos de grande procura trará, de imediato, um aumento populacional significativo para a cidade, que, por sua vez, terá de oferecer habitação e serviços para esse novo contingente populacional composto por estudantes, professores e funcionários das instituições. Calculamos que a cada ano, a cidade receberá pelo menos dez mil novos habitantes pelos próximos dez anos, o que elevaria sua população dos atuais 42.000 para aproximadamente 150.000 habitantes.

É uma aposta que vale a pena fazer.
O Texto abaixo foi publica no Jornal Gazeta do povo em 01/06/2013.

http://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/conteudo.phtml?tl=1&id=1377882&tit=Federais-em-expansao

Aumento do número de vagas nas universidades federais pode impulsionar a pesquisa e a qualidade de ensino no interior do Paraná




A boa notícia está anunciada – de acordo com dados do Censo da Educação Superior do Instituto de Estudos e Pesquisas Educacionais, o Inep, duplicou o número de vagas em universidades federais no interior do Brasil. O milagre se deu em cinco anos. No Paraná, os ventos sopraram mais fortes: a oferta de vagas triplicou. No período, a UTFPR abriu nada menos do que 60 cursos, tirando do jejum a área de Engenharia. Até 2016, uma fortuna de R$ 735 milhões serão investidos em educação. É preciso repetir as cifras com a boca cheia.
Mas é preciso cautela. Sabe-se da infraestrutura capenga das instituições federais. São visíveis a olho nu. Experimente passar na frente de uma. Do mesmo modo, não é segredo que faltam professores, que o sistema se tornou um elefante branco, politizado até a última lista de chamada. E que, convenhamos, apesar dos bons índices, muitas instituições de ensino público levam uma surra das instituições privadas, contrariando a máxima de excelência. É assunto para uma guerra nada santa. O setor estaria trançando as pernas, dizem, e a dinheirama só faz aumentar o tombo.
Mas não é nada que tire o prazer de ler as informações recém-divulgadas pelo Inep. Aos fatos. Os mais velhos lembram de como a baixa oferta das federais mexia com o juízo dos moradores do grande Brasil que “não é só litoral”, como diz a canção cantada por Milton Nascimento. Havia uma sensação de injustiça. Apenas as capitais e cidades dadas ao beija-mão tinham universidades federais. Parecia assunto para tribunas em Brasília, um desejo recalcado de participar da sociedade de privilégios, mas não.
A ausência do ensino público de qualidade brecou o desenvolvimento do interior. E não se está falando apenas da falta que faz a pesquisa de ponta – outro assunto que provoca comichões –, mas no avanço do ensino fundamental e médio. Sabe-se, com base nas mais sólidas estatísticas, que onde há universidades – e nem precisam ser as melhores – a escola melhora, pois o ensino superior garante mais professores preparados para enfrentar a sala de aula. Nesse cenário o Paraná se destaca. Não por sua excelência no ensino, mas por seus problemas do tamanho das Cataratas.
Mas já no início dos anos 2000, notou-se que alguma coisa mexia nesse destino. Para o bem. Grandes instituições de ensino do Norte e Noroeste do estado se firmaram, alcançando pelo menos dois grandes feitos: colaboraram para a melhora do ensino de base e ajudaram a fixar, nos interiores, profissionais com curso superior. A perspectiva se tornou alvissareira. O estudante que antes mudava para a capital em busca de curso superior, passou a ficar perto de casa. Muda tudo.
Ainda estamos carentes de um estudo sério que mostre que o Paraná está se transformando pela educação, mas há estudos de caso importantes, como o dos efeitos da universidade tecnológica instalada em Pato Branco, por exemplo. Mas é preciso saber mais, usando o dado educacional não como discurso viciado para explicar nosso atraso, mas como um índice para ser colocado à mesa, com alguma agressividade se preciso for.
A médio e longo prazo o Paraná será outro não só por suas belíssimas lavouras ou pela riqueza dos seus Eldorados, mas porque mais paranaenses chegaram à universidade. Vamos poder medir a riqueza do estado pela nossa semelhança com regiões como Reggio Emilia, na Itália. Sonho? Não é o que sugerem os estudos do governo federal.


 

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