segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Anúncio Antecipado de uma Tragédia

Postado por - Jailson de Monte Real - Dia 24/01/2011 - às 11.30 h
Ao perceber os desastres naturais que vêm ocorrendo com maior freqüência, fico perguntando-me.. Até quando nossa cidade estará isenta de catástrofes como essas/ Ontem, dia 23/01/2011, domingo, fui verificar in loco as condições do chamado "Morro do Sabão" e mesmo não sendo especialista em geologia, fiquei impressionado com o grau de risco que o local oferece.
Caso venha a sofrer preciptação pluviométrica próxima a que caiu na Região Serrana do Rio de Janeiro, o nosso Morro do Sabão pode desabar inteiro sobre as vilas próximas e sua lama pode chegar até as proximidades da Caixa d'Água. Mais de mil famílias estão instaladas próximas a uma "bomba-relógio" pronta para explodir a qualquer momento.
Não é minha intenção espalhar o pânico entre os moradores, embora o medo seja o maior fator de sobrevivência, mas o objetivo é convocar moradores, autoridades e formadores de opinião (imprensa, polítcos, professores, técnicos, etc.) a discutir o assunto.
Faz-se necessário solicitar aos órgãos competentes do Estado e da União uma avaliação séria dos reais riscos aos quais a população está sujeita e, se for o caso, tomar as medidas que o caso venha a recomendar.
A situação não é diferente com relação ao Jardim São Francisco, nas fraldas do Morro do Bim. É preciso levar em consideração que os deslizamentos de encostas não depende necessariamente da ação depredadora do homem. Os deslizamentos fazem parte da natureza das montanhas e ocorrem mesmo onde os seres homanos nunca chegaram.
A opção de morar aos pés de serras é uma decisão de risco. Autorizar loteamentos e construções nesses locais é uma irresponsabilidade dos gestores públicos ao longo da história. Quando a tragédia ocorre aí é hora de procurar culpados, que jamais serão responsabilizados.
A Só Amigos SNP - está determinada a buscar soluções que possam dotar nossa cidade de toda a infraestrutura capaz de alavancar seu progresso de forma absoluta e com sustentabilidade. Isso é plenamente possível se houver mobilização. Você platinense, tem o dever de participar das soluções que a tua cidade precisa. Venha conosco.

2 comentários:

  1. Senador Cristóvam Buarque: http://buarque.org.br/?p=8966
    "A tragédia do Rio não teria acontecido se não fossem causas naturais; mas as chuvas não teriam provocado tantas mortes, nem tantos estragos físicos, se as casas não estivessem em locais reconhecidamente perigosos; ou se as encostas estivessem protegidas; nem a tragédia teria sido tão grave se tivéssemos um sistema eficiente de Defesa Civil capaz de alertar e mobilizar a população. Pode parecer menos claro, mas as chuvas não teriam provocado a tragédia se não fosse a supermigração das últimas décadas do campo para a cidade".

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  2. A cada ano, a história se repete. A única diferença é com relação às vítimas. A tragédia na região Serrana do Rio de Janeiro, responsável por mais de 800 mortes no início deste ano por conta do excesso de chuvas, poderia ser evitada com a aplicação de recursos eficientes garantidos pela engenharia.

    O alerta é de Ney Perracini de Azevedo, presidente da Associação Brasileira de Engenheiros Civis, com participação marcante em seminários sobre Catástrofes Naturais e sobre Engenharia Civil Emergencial, realizados em Curitiba. Os desastres naturais mais registrados no Brasil envolvem enchentes e deslizamentos.

    Apesar dos apelos constantes da população, nesta época do ano a região Sudeste do País, principalmente os municípios de São Paulo e Rio de Janeiro, contam seus mortos diante da falta de investimentos na prevenção deste tipo de intempérie.

    “Embora muitas vezes fenômenos naturais extremos surpreendam, o primeiro passo para evitar os efeitos é a prevenção, por meio da adoção de medidas enérgicas dos governos”. Para Azevedo, os administradores púbicos devem ser responsabilizados, principalmente no que tange à proibição de ocupações irregulares.

    A engenharia civil desempenha papel importante no contexto. “Cabe aos profissionais identificar e avaliar áreas de risco e indicar, recomendar, projetar e executar as obras necessárias para zelar pelo patrimônio público e pela integridade física do ser humano”.
    Ney de Azevedo é engenheiro civil, formado pela UFPR em 1965.

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